sábado, 21 de novembro de 2009

Nomes e posses

Será que nós somos o 'eu' que imaginamos? Quem será culpado por nossas mazelas? Não sei, a dias venho pensando sobre isso. Primeiramente, não pude escolher o meu nome. Sou 'um nome' que meus pais quiseram.Daí em diante, minhas referências formam-se,em grande parte, no ambiente familiar.Sou moldado de acordo com este ambiente.Assumindo a postura de que trago algumas características em meu código genético, assumo também a idéia de que existem pessoas pré-concebidas. Se assim elas forem, então nossa discussão caminhará para outras dimensões. Se cometo erros, estes erros são apenas meus? Ou resquícios aperfeiçoados da minha "criação", e da "criação" dos meus pais. Somos somas de erros!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sobre nossa água de todos os dias

Como é bom beber água, já perceberam? Não se espantem se não! Antes de fazer essa descoberta há alguns anos, eu também chegava perto da talha de barro da minha casa e avidamente colocava o copo perto da torneira e deixava aquele líquido o encher.Tomava rapidamente.
Definição de água: líquido incolor, insípido e inodoro. Quanto a ser incolor, nada tenho que discutir, embora não possa falar o mesmo sobre a sua falta de gosto e cheiro. Gosto e cheiro são sentidos extremamente conexos. Portanto os colocarei no mesmo balaio de gatos. O sabor da água, só não o sente os cientistas! Pois existem coisas que eles mesmos não conseguem classificar. Fogem-lhes as palavras, então nomeiam certas propriedades de 'inexistentes'. Ora, a água tem sabor de saciedade! Sabor este que proporciona um prazer altamente satisfatório. Basta tomá-la com pequenos goles e sentir a vida, que ela ajuda a manter, entrar.Na minha visão, rezar e agradecer a Deus é isso. Satisfazer-se e agradecer pelos pequenos prazeres que nos são oferecidos e que tão despercebidamente passam, ao lado, todos os dias.

Meu remédio me espera

Mil sons, mil tons
E minha cabeça ferve
E meu corpo dói
Reluto em existir
Ou reluto em sentir
Febre, neve,cheiros, beija-flores?
Ah! Meu remédio me espera na cozinha...
Minha boca está empapada
Meus olhos, tenho certeza,
Com grandes olheiras
Calor infernal,
Vozes, risos e pavios
Pavios curtos...
Ah! Meu remédio espera na cozinha...

Um Começo: sobre meu nome

Nasço hoje, 16 de novembro.
Caros leitores, não se assustem. É minha emersão dos fluidos da insignificância.
Nada aqui é para ter sentido. Os sentidos se encontram nas entrelinhas, a visão, na alucinação; a paz, na guerra. Antônimos? Dicotomia? Rio e me lambuzo com essas fúteis colocações.
Meu nome é estranho, como tudo aqui.Somos nossos nomes? Dizem os numerologistas que sim. Mas meu cérebro, sempre flertando com as coisas místicas e ao mesmo tempo tentando refutá-las, numa estranha luta, não consegue suportar a idéia de que meu pai e mãe me condenaram a um destino torpe ou a uma existência em filigranas de glória. Gosto da inventividade dos nomes nordestinos. Uma mistura de nome de pai e mãe, como na união de genes. Grande sabedoria!
Mas, notadamente, os nome perderam a sua importância original.Eles eram expressões de louvor ou entes da natureza.Os pais queriam impor estes nomes aos filhos, como que comparando-os e os oferecendo às divindades. Assim também me inclino a gostar de nomes como Flor, Graça, Clara, Açucena, Rosa, Sol. São nomes realmente poderosos, indica-me minha mente mística. Acho que isto não refutarei.
Não falei sobre meu nome, não importa. Ernestíaco Lufran, ao seu dispor!(Se for minha disposição também)