sábado, 9 de janeiro de 2010

Considerações de Aniversário

Cada ano passado, uma experiência, uma dor.
E com eles o crescimento moral e o envelhecimento físico.
Isso reforça-nos a tese de que as idéias sobrepõem-se aos atos próprios da juventude, quase todos impetuosos.
Mas o que fica de nossa impetuosa juventude?Talvez os erros, fonte do crescimento, deixam cicatrizes que são as nossas lembranças. Nesse contexto, as cicatrizes talvez não sejam sinônimos de algo feio e sim sinônimos de algo marcante, que nos faz lembrar, tal qual se nosso braço fosse cortado com uma faca.
As músicas... Músicas que lembram situações. Cheiros... Cheiros que também nos lembram... Gargalhadas, piadas, pilhérias... Peles nas peles...
A juventude talvez seja o laboratório para as experiências que teremos posteriormente. Quanto mais bem sentida, aproveitada, anotações e relatórios internos-emocionais feitos, tão melhor nosso desenvolvimento

sábado, 21 de novembro de 2009

Nomes e posses

Será que nós somos o 'eu' que imaginamos? Quem será culpado por nossas mazelas? Não sei, a dias venho pensando sobre isso. Primeiramente, não pude escolher o meu nome. Sou 'um nome' que meus pais quiseram.Daí em diante, minhas referências formam-se,em grande parte, no ambiente familiar.Sou moldado de acordo com este ambiente.Assumindo a postura de que trago algumas características em meu código genético, assumo também a idéia de que existem pessoas pré-concebidas. Se assim elas forem, então nossa discussão caminhará para outras dimensões. Se cometo erros, estes erros são apenas meus? Ou resquícios aperfeiçoados da minha "criação", e da "criação" dos meus pais. Somos somas de erros!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sobre nossa água de todos os dias

Como é bom beber água, já perceberam? Não se espantem se não! Antes de fazer essa descoberta há alguns anos, eu também chegava perto da talha de barro da minha casa e avidamente colocava o copo perto da torneira e deixava aquele líquido o encher.Tomava rapidamente.
Definição de água: líquido incolor, insípido e inodoro. Quanto a ser incolor, nada tenho que discutir, embora não possa falar o mesmo sobre a sua falta de gosto e cheiro. Gosto e cheiro são sentidos extremamente conexos. Portanto os colocarei no mesmo balaio de gatos. O sabor da água, só não o sente os cientistas! Pois existem coisas que eles mesmos não conseguem classificar. Fogem-lhes as palavras, então nomeiam certas propriedades de 'inexistentes'. Ora, a água tem sabor de saciedade! Sabor este que proporciona um prazer altamente satisfatório. Basta tomá-la com pequenos goles e sentir a vida, que ela ajuda a manter, entrar.Na minha visão, rezar e agradecer a Deus é isso. Satisfazer-se e agradecer pelos pequenos prazeres que nos são oferecidos e que tão despercebidamente passam, ao lado, todos os dias.

Meu remédio me espera

Mil sons, mil tons
E minha cabeça ferve
E meu corpo dói
Reluto em existir
Ou reluto em sentir
Febre, neve,cheiros, beija-flores?
Ah! Meu remédio me espera na cozinha...
Minha boca está empapada
Meus olhos, tenho certeza,
Com grandes olheiras
Calor infernal,
Vozes, risos e pavios
Pavios curtos...
Ah! Meu remédio espera na cozinha...

Um Começo: sobre meu nome

Nasço hoje, 16 de novembro.
Caros leitores, não se assustem. É minha emersão dos fluidos da insignificância.
Nada aqui é para ter sentido. Os sentidos se encontram nas entrelinhas, a visão, na alucinação; a paz, na guerra. Antônimos? Dicotomia? Rio e me lambuzo com essas fúteis colocações.
Meu nome é estranho, como tudo aqui.Somos nossos nomes? Dizem os numerologistas que sim. Mas meu cérebro, sempre flertando com as coisas místicas e ao mesmo tempo tentando refutá-las, numa estranha luta, não consegue suportar a idéia de que meu pai e mãe me condenaram a um destino torpe ou a uma existência em filigranas de glória. Gosto da inventividade dos nomes nordestinos. Uma mistura de nome de pai e mãe, como na união de genes. Grande sabedoria!
Mas, notadamente, os nome perderam a sua importância original.Eles eram expressões de louvor ou entes da natureza.Os pais queriam impor estes nomes aos filhos, como que comparando-os e os oferecendo às divindades. Assim também me inclino a gostar de nomes como Flor, Graça, Clara, Açucena, Rosa, Sol. São nomes realmente poderosos, indica-me minha mente mística. Acho que isto não refutarei.
Não falei sobre meu nome, não importa. Ernestíaco Lufran, ao seu dispor!(Se for minha disposição também)